Durante alguns anos a Nike e outras fabricantes de material esportivo foram criticadas por padronizar os uniformes das seleções que disputam a Copa do Mundo. Na África do Sul, a fabricante americana decidiu criar camisas “personalizadas” de cada seleção, fazendo com que a identidade de cada país fosse valorizada.
Mas, nos pés, a marca vai “padronizar” as chuteiras que serão usadas por seus jogadores.
Logo mais a Nike vai apresentar o conjunto de chuteiras que serão utilizadas pelos atletas durante o Mundial da África do Sul. O grupo, que envolve quatro diferentes modelos, foi batizado de “Elite Series”. Em comum, apenas a cor da chuteira, que é aquela roxa chamativa, usada por alguns atletas (especialmente Cristiano Ronaldo, o garoto-propaganda) no modelo Mercurial Vapor SuperFly II.
Em 98, a Nike revolucionou o mercado de chuteiras de futebol ao criar o modelo na cor prata, usado por Ronaldo. A moda pegou, a ponto de fazer com que a cor preta deixasse de ser a regra no calçado dos atletas.
Agora, a estratégia é outra. Com o roxo, a Nike padroniza o pé de seu jogador patrocinado. Se, antes, reconhecer a marca de uma chuteira à distância era difícil, agora não tem como não identificar a Nike ao dar de cara com a chamativa chuteira. E, com todos os modelos tendo a mesma cor, os pés serão destacados independentemente de qual for o tipo do calçado.
Diz a empresa que o contraste de cores (além do roxo, o solado da chuteira está pintado em laranja) favorece o atleta, que reconhece mais facilmente o companheiro. Como craque é quem joga de cabeça erguida, sem precisar olhar para o chão, claramente o contraste favorece o marketing da empresa, que com isso grava na cabeça das pessoas a sua marca. Afinal, você vai olhar na TV e já reconhecerá a combinação de cores das chuteiras da marca. É uma boa resposta para as famosas três listras da concorrente Adidas, sempre reconhecidas à distância.
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